Maracanã em reformas
O governo do Rio de Janeiro pretende privatizar o Maracanã para os Jogos Olímpicos de 2016. Um edital solicitando propostas para a concessão da administração do estádio e de todo seu complexo esportivo foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do estado e já contém exigências para as Olímpiadas do Rio, daqui a quatro anos.
O governo fluminense exige, por exemplo, que duas quadras do ginásio do Maracanzinho estejam disponíveis para o aquecimento de atletas durante o período dos Jogos. Essas quadras, inclusive, têm que cumprir todas as especificações do COI (Comitê Olímpico Internacional), segundo o edital.
O documento determina também que as empresas ou pessoas físicas interessadas em administrar o Maracanã incluam em sua proposta um projeto de construção de um estacionamento com vagas para pelo menos 2 mil carros na área do complexo esportivo. Para isso, o governo abre a possibilidade para que o administrador do complexo ponha abaixo a pista de atletismo Célio de Barros e o parque aquático Júlio Delamare e os construa em um outro terreno a no máximo 5 km de distância do estádio.
Outra exigência é a reforma do Maracanãzinho para que o ginásio possa receber grandes shows e eventos musicais. A manutenção dos direitos sobre as cadeiras cativas do estádio e de uso das tribunas de honra pelas autoridades também tem que ser preservado.
A proposta de concessão do Maracanã foi aprovada nesta terça feira pelo conselho do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas do Rio de Janeiro. A ideia vem ganhando força justamente enquanto o governo fluminense investe R$ 931 milhões para reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014.
O edital para concessão do estádio, inclusive, cita essas reformas como uma das justificativas para a privatização. No documento, o governo informa que tem feitos vários investimentos no Maracanã. Com isso, o estádio ganhará equipamentos de última geração e que a operação deles pelo governo será “difícil”.
De acordo com o edital, companhias ou pessoas interessadas em assumir o controle do Maracanã têm que manifestar seu interesse por escrito ao governo do Rio de Janeiro até o final deste mês. Depois disso, elas terão dois meses para elaborar estudos que cumpram todos os requisitos do edital sobre a concessão.
De acordo com o edital, o governo do Rio de Janeiro não está obrigado a conceder a administração do estádio aos que se propuserem a assumir o complexo. O documento não traz uma previsão de data sobre quando o governo se manifestará sobre as propostas.
O pontapé inicial para a privatização do Maracanã foi dado na terça-feira pelo conselho do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas do Rio de Janeiro.
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