A Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada Rio 2016 já começaram a aquecer o mercado de equipamentos e sistemas de defesa e segurança. Estima-se que ambos os eventos vão demandar mais de 4 bilhões de dólares em investimentos ajudando a reaquecer um setor que andou meio esquecido e vive uma espécie de renascimento.
Além dos eventos esportivos, duas outras ações são responsáveis pela volta dos negócios. De um lado pesa a favor o Plano Estratégico Nacional de Defesa, que está reaparelhando o exército, a marinha e a aeronáutica com submarinos, navios, helicópteros, caças, entre outros equipamentos de porte. Estão sendo fechados contratos de 10, 20 anos, que exigem a transferência de tecnologia para o Brasil e vão gerar um efeito dominó de novos negócios no mercado interno.
De outro lado, ocorre a modernização dos aparatos de segurança das polícias. Nos últimos cinco anos, os investimentos em segurança pública triplicaram, passando de pouco mais de 1 bilhão de reais para quase 3,5 bilhões de reais no ano passado.
Um termômetro desse ambiente favorável aos negócios é a LAAD, feira do setor que ocorre a cada dois anos no Rio de Janeiro. Na próxima edição, em abril, o número de expositores praticamente dobrou e passa de 600, e o de visitantes, em sua maioria representantes de governos ligados às áreas de segurança – como ministros, secretários de estados, delegados, brigadeiros e generais – teve um aumento de 30%. Boa parte das empresas estrangeiras de mais de 40 países não querem apenas vender produtos no Brasil. Querem estreitar relações comerciais com empresas locais e sondar oportunidades de fusões e aquisições.
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