quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ingleses dão dicas sobre orçamento para a Rio-2016


Em mais um encontro para troca de experiências entre os organizadores das Olimpíadas de Londres-2012 e Rio-2016, o tema orçamento ganhou destaque. Em seu discurso durante seminário no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, o secretário de Estado para Cultura, Mídia e Esportes/Olimpíada do Reino Unido, Jeremy Hunt, deu dicas para que a cidade não cometa os mesmos erros da capital da Inglaterra.

– O principal, no início, é garantir os recursos, pois uma Olimpíada custa muito dinheiro. Como é necessária muita verba pública, isso é importante para evitar futuros problemas, além de manter o apoio da população. Também é importante ter um orçamento de contingência, algo que nós não tínhamos no início – afirmou Hunt.

Em 2007, por conta de problemas nesse sentido, o comitê organizador de Londres foi obrigado a revisar os custos. Estimado em cerca de R$ 9,7 bilhões quando a cidade foi escolhida a sede, o valor subiu para cerca de R$ 37,8 bilhões. Segundo o dossiê de candidatura, o Rio deve gastar cerca de R$ 33 bilhões com os Jogos. 

Henrique Meirelles, presidente do Conselho Público Olímpico (CPO), órgão acima da Autoridade Pública Olímpica (APO), entidade responsável por tocar as obras da Olimpíada, disse ser fundamental cuidar do orçamento dos Jogos.

– Um dos aspectos críticos é a confecção do orçamento. Ele tem de ser realista e precisa ser cumprido. E temos de respeitar as datas de inauguração das obras – disse o ex-presidente do Banco Central.
Bate-bola
Henrique Meirelles
Presidente do CPO, em entrevista coletiva no Palácio da Cidade

O Pan do Rio, em 2007, não é um bom exemplo quando se fala em respeitar o orçamento....
Não há dúvida de que o Pan serve de aprendizado. O Brasil aprendeu muito, assim como está aprendendo com a experiência de Londres.

O que o Rio já pôde aprender com a experiência de Londres?
Uma das grandes lições é a de criar instalações práticas, funcionais, que não sejam muito caras e que sirvam de legado para o Rio.

O que achou da indicação do ex-ministro das Cidades Márcio Fortes para a presidência da APO?
Foi uma excelente escolha da presidente Dilma. O Márcio fará o trabalho exigido na organização dos Jogos e o conselho estará preparado para tomar decisões rapidamente para que não haja atrasos. Assim, os custos serão motivo de orgulho e não de problema.

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