sábado, 30 de julho de 2011

Copa 2014: Fifa sorteia os grupos das eliminatórias

A Fifa sorteou neste sábado os grupos das eliminatórias da Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014 em uma cerimônia realizada no Rio de Janeiro.
O sorteio foi conduzido pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke em uma cerimônia que contou com dirigentes de futebol de vários países, com a presidente Dilma Rousseff e apresentações musicais..
O primeiro grupo a ser sorteado foi o da fase decisiva das eliminatórias africanas.
O jogador Neymar, do Santos, e o ex-jogador Cafú, participaram do sorteio dos jogos na chave africana.
Neymar, sorteou as seleções adversárias do primeiro jogo da primeira fase das eliminatórias africanas, Seicheles contra o Quênia.
Nesta fase, o Djibuti enfrentará a Namíbia, Ilhas Maurício jogará contra a Libéria, Comoros contra Moçambique, Guine Equatorial contra Madagascar e Somália enfrentará a Etiópia.
Outros jogos definidos foram Lesoto contra Burundi, Eritreia contra Ruanda, Suazilândia contra a República do Congo, São Tomé e Príncipe contra o Congo, Chade contra Tanzânia.
A eliminatória africana é longa, são 52 participantes disputando cinco vagas. Na segunda etapa, os vencedores do playoff vão se juntar a outros 28 times e formam dez grupos com quatro participantes. Em seguida, dez vencedores de cada grupo vão disputar entre si e os cinco vencedores chegam à Copa de 2014.
Fase decisiva
Os grupos da fase decisiva das eliminatórias africanas foram definidos em seguida em um sorteio realizado por Cafú. No Grupo A estão África do Sul, Bostuana, República Centro-Africana e o vencedor do jogo entre Somália e Etiópia.
No Grupo B estão Tunísia, Cabo Verde, Serra Leoa e o vencedor entre o jogo entre Guiné Equatorial e Madagascar.
O Grupo C conta com Costa do Marfim, Marrocos, Gâmbia e o vencedor do confronto entre Chade e Tanzânia.
No Grupo D estão Gana, Zâmbia, Sudão e o vencedor do jogo Lesoto e Burundi. O Grupo E foi formado por Burkina Fasso, Gabão, Níger, e o vencedor entre São Tomé e Príncipe e o Congo.
O Grupo F foi formado por Nigéria, Malauí, o vencedor do jogo entre Seicheles e Quênia e o vencedor do jogo em Djibuti e Namíbia.
No Grupo G estão Egito, Guiné, Zimbábue e o vencedor do jogo entre Comores e Moçambique. Do Grupo H participam Argélia, Mali, Benin e o vencedor do jogo Eritreia e Runda.
O Grupo H conta com Argélia, Mali, Benin e o vencedor do jogo entre Eritreia e Ruanda.
No Grupo I estão Camarões, Líbia, o vencedor do jogo entre Guiné-Bissau e Togo mais o vencedor do jogo entre Suazilândia e República do Congo. E o Grupo J conta com Senegal, Uganda, Angola e o vencedor do jogo entre Ilhas Maurício e Libéria.
Ásia e Américas
Pelé (centro) fala com o governador do Rio, Eduardo Cabral, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, com Dilma Rousseff e Sepp Blatter ao fundo (Reuters)
Cerimônia contou com a presença de Pelé
A América do Sul não precisa de sorteio. A disputa será feita em formato de pontos corridos e não contará com a participação do Brasil, automaticamente classificado por ser a sede da Copa.
O ex-jogador Zico e o jogador Lucas, do São Paulo, realizaram o sorteio das eliminatórias da Ásia. Ao todo são 43 equipes disputando quatro vagas e uma quinta que poderá ser conquistada na repescagem.
No Grupo A estão China, Jordânia, Iraque e Cingapura. Do Grupo B fazem parte Coreia do Sul, Kuwait, Emirados Árabes e Líbano.
O Grupo C é formado por Japão, Uzbequistão, Síria e Coreia do Norte. No Grupo D estão Austrália, Arábia Saudita, Omã e Tailândia. E no Grupo E estão Irã, Catar, Barein e Indonésia.
Para o sorteio seguinte, das Américas do Norte, Central e Caribe, foram chamados o ex-jogador Bebeto e o jogador Lucas Piazon, de categorias de base. Três equipes da Concacaf (confederação de futebol da América do Norte e do Caribe) se classificarão para a Copa do Mundo de 2014, a quarta vai disputar a repescagem.
E os grupos desta fase das Eliminatórias da Concacaf foram definidos como Grupo A: El Salvador, Suriname, Ihas Cayman e República Dominicana.
No Grupo B estão Trinidad e Tobago, Guiana, Barbados e Bermudas. O Grupo C foi formado por Panamá, Dominica, Nicarágua e Bahamas.
O Grupo D conta com Canadá, São Cristóvão e Névis, Porto Rico e Santa Lúcia. No Grupo E estão Granada, Guatemala, São Vicente e Granadinas e Belize.
No Grupo F estão Haiti, Antígua e Barbuda, Curaçao e Ilhas Virgens Americanas.
Na última fase entrarão as principais seleções. Serão três grupos com quatro equipes cada e os vencedores dos grupos irão à Copa de 2014.
No Grupo A estarão os vencedores dos Grupos E e F da fase anterior, Estados Unidos e Jamaica.
O Grupo B contará com os vencedores dos Grupos A e B da fase anterior mais o México e Costa Rica.
O Grupo C terá os vencedores dos Grupos C e D da fase anterior e também Honduras e Cuba.
Oceania
Para o sorteio do grupo da Oceania foram chamados ao palco o ex-técnico da Seleção Brasileira Zagallo e o jogador Fellipe Bastos, do Vasco. A Oceania não terá mais a participação da Austrália, que está nas eliminatórias da Ásia.
A melhor seleção das eliminatórias da Oceania disputará a repescagem.
As eliminatórias da Oceania terão dois grupos de quatro seleções e apenas uma vai avançar e disputar a repescagem contra o quarto colocado das Eliminatórias da Concacaf.
No Grupo A da Oceania estão Vanuatu, Nova Caledônia, Taiti e o vencedor de uma fase preliminar. No Grupo B estão Fiji, Nova Zelândia, Ilhas Salomão e Papua-Nova Guiné.
Europa
Ronaldo e Ganso participaram do sorteio da chave europeia (AFP)
Ronaldo e Ganso participaram do sorteio da chave europeia
O ex-jogador Ronaldo e o jogador do Santos Paulo Henrique Ganso participaram do sorteio das eliminatórias da Europa. No total, 53 países vão disputar a fase de grupos destas eliminatórias.
Os melhores dos nove grupos estarão na Copa e haverá uma segunda fase com os melhores segundos colocados.
No Grupo A estão Croácia, Sérvia, Bélgica, Escócia, Macedônia e País de Gales. O Grupo B foi formado por Itália, Dinamarca, República Tcheca, Bulgária, Armênia e Malta.
O Grupo C conta com Alemanha, Suécia, Irlanda, Áustria, Ilhas Faroe e Cazaquistão. O Grupo D tem as seleções da Holanda, Turquia, Hungria, Romênia, Estônia e Andorra.
No Grupo E estão Noruega, Eslovênia, Suíça, Albânia, Chipre e Islândia. O Grupo F conta com Portugal, Rússia, Israel, Irlanda do Norte, Azerbaijão e Luxemburgo.
No Grupo G estão Grécia, Eslováquia, Bósnia e Herzegovina, Lituânia, Letônia e Liechtenstein.
Do Grupo H participam a Inglaterra, Montenegro, Ucrânia, Polônia, Modávia e San Marino. No Grupo I estão Espanha, França Bielorrússia, Georgia e Finlândia.
Espanha e França estão no mesmo grupo e uma das duas seleções terá que disputar a repescagem. Os oito melhores segundos colocados disputarão a repescagem.
Fonte: BBC

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Organizador das Olimpíadas de 1992 diz que sucesso pode se repetir no Rio


Ferran Brunet, responsável pela reestruturação de Barcelona através dos Jogos, acredita que impacto de 2016 deve ser maior com muito trabalho

Por SporTV.comRio de Janeiro
O legado deixado para Barcelona pelas Olimpíadas de 1992 pode servir de exemplo para a organização do evento no Rio de Janeiro, em 2016. O espanhol Ferran Brunet, organizador da edição de 19 anos atrás e responsável pelo sucesso na cidade, garante que o planejamento com antecedência ainda pode dar resultados no Brasil (assista ao vídeo do programa).
- No Rio, como foi em Barcelona, a equação são as necessidades da cidade e o que os jogos podem oferecer. Estou convencido que, se desde agora até 2015 houver trabalho duro, o impacto pode ser maior – disse ao"SporTV News".
Doutor em Ciências Econômicas, Brunet ministrou seminário no Rio de Janeiro no qual apresentou pesquisa de sua autoria que mostra como Barcelona aproveitou a oportunidade de sediar as Olimpíadas para reestruturar a cidade. Sobre o potencial para o Rio-2016, ele diz que é preciso cumprir o cronograma ou até mesmo reduzi-lo.
- Estava vindo do centro e vi uma placa que dizia "metrô em 2016". Pensei: teria que ser "2014", porque esperar 2016?

sábado, 23 de julho de 2011

Estádio da Copa de 2014 é testado em túnel de vento

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), iniciou uma série de ensaios em uma maquete do Estádio Plácido Aderaldo Castelo – o Castelão, dentro de um túnel de vento. [Imagem: IPT]

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), iniciou uma série de ensaios em seu túnel de vento sobre esforços de vento em uma maquete do Estádio Plácido Aderaldo Castelo - o Castelão, na cidade de Fortaleza.
O objetivo do estudo é fornecer os coeficientes de pressão que darão segurança na concepção da cobertura ao projetista.
As obras de reforma, ampliação e adequação do estádio, que atingem cerca de 30% da estrutura original, tiveram início em dezembro de 2010 e os custos totais do investimento são estimados em R$ 518 milhões, segundo dados do Governo do Estado do Ceará.
Com 165 mil metros quadrados de área construída, o estádio terá uma área de cobertura do público de 55 mil metros quadrados, capaz de proteger os assentos dos 63 mil espectadores.
Telhado pendurado
O projeto do estádio foi concebido de modo que seus diversos pórticos se interligam na estrutura do concreto e "penduram" o telhado.
Para a execução de uma série de ensaios estáticos no IPT, os pesquisadores do túnel de vento simularam primeiramente a camada de limite atmosférica da região onde o estádio está localizado. Para isso, instalaram no piso do túnel de vento quatro geradores de vórtices e 580 blocos que caracterizam a rugosidade do local.
As medições do perfil de velocidade do vento, intensidade de turbulência e comprimento de rugosidade, que são algumas das características do vento natural, foram realizadas com o anemômetro de fio quente e o Tubo de Pitot.
Com a confirmação dos resultados da simulação, a equipe partiu para a instalação no túnel de vento da maquete do estádio, construída em escala 1:200, na qual estão instaladas 180 tomadas de pressão.
"Como o estádio tem uma estrutura praticamente simétrica, fizemos uma divisão da cobertura para medição em algumas seções. Isso permitirá a transferência de dados para outros pontos, o que irá equivaler a um número entre 350 e 400 tomadas de pressão", afirma Paulo Jabardo, pesquisador do IPT.
Ensaios em túnel de vento
Os ensaios no túnel de vento iniciaram efetivamente nesta quarta-feira.
"A cobertura é basicamente uma superfície e vamos medir as pressões em seus lados interno e externo", explica o pesquisador.
Para a execução dos primeiros ensaios em um estádio no túnel de vento do IPT, um dos principais desafios será justamente a coleta de dados na área interna da estrutura: ao contrário dos testes em edifícios feitos regularmente no Instituto, nos quais a coleta de dados depende de variáveis como portas ou janelas abertas e presença de móveis, a área interna no estádio demandará um maior rigor das informações pelo fato de ser totalmente aberta.
Os testes realizados no IPT são referenciados em função da norma NBR 6123:1988, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estipula as condições exigíveis na consideração das forças devidas à ação estática e dinâmica do vento, para efeitos de cálculo de edificações. Com a posse do laudo final fornecido pelo CMF, os responsáveis pela obra irão cruzar os dados com as informações das rajadas de vento na região para então projetarem a cobertura final.
Projeto nacional
O Castelão é um projeto desenvolvido e executado por arquitetos e escritórios de engenharia no Brasil. Segundo Flavio D'Alambert, engenheiro estrutural do projeto, a escolha de instituições como o IPT permite acompanhar pari passu os ensaios e traçar estratégias para otimizar a formatação dos dados coletados: "Os ensaios feitos fora do país também fornecem dados confiáveis, mas as informações não estarão disponíveis caso ocorram problemas de interferência e decida-se fazer uma ampliação ou redução das instalações; nestes casos, uma 'caixa preta' é recebida, e torna-se necessário trazer os responsáveis do exterior para atuarem novamente no projeto".
D'Alambert ressalta ainda a importância da execução de ensaios das estruturas em túneis de vento para a obtenção de projetos econômicos e seguros. Caso contrário, explica ele, os riscos são o superdimensionamento da estrutura, com aumento nos custos da obra, e a ocorrência de efeitos localizados críticos não-previstos, o que pode gerar problemas estruturais no futuro.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

RJ: Copa e Olímpiadas criam novos empregos

Até 2016, o Estado terá de 8% a 9% da empregabilidade formal ligada à indústria do turismo

O setor turístico do Rio bate recorde com a criação de 40 mil novos trabalhos apenas na capital / Foto: Bruna Prado/Frame/AEO setor turístico do Rio bate recorde com a criação de 40 mil novos trabalhos apenas na capitalFoto: Bruna Prado/Frame/AE
Sede dos próximos dois maiores eventos esportivos do mundo, o Rio corre contra o tempo para dar conta de acomodar as milhares de pessoas que vão invadir a cidade em 2014 para a Copa do Mundo e, em 2016, para as Olimpíadas. Até o ano dos Jogos, pelo menos 36 novos hotéis serão construídos no Estado e, com isso, alavancar a geração de empregos no setor de turismo.

A Abih-RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro) estima que, para cada novo quarto de hotel, quatro novos empregos serão criados, sendo um direto e os outros três indiretos.

Só a capital vai ganhar, até lá, mais 17 empreendimentos, distribuídos em bairros como Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca. Juntos, esses novos hotéis representam a abertura de cerca de 10 mil quartos. Ou seja, mais 40 mil empregos ligados ao turismo.

Presidente da Abih-RJ, Alfredo Lopes afirma que os legados da escolha da cidade como sede da Copa e das Olimpíadas para a hotelaria são muitos e vão além da exposição na mídia internacional. “Além de todo o ganho em infraestrutura e serviços para a cidade, iremos não só expandir a oferta de acomodações mas também atrair novas bandeiras, ampliar a diversidade de opções de hospedagem e gerar empregos”, diz Lopes.

Para ele, os ganhos para o Estado não se restringem apenas ao período da realização dos grandes eventos. O setor de turismo vai “aprender” muito para aplicar e melhorar depois.

“Estamos diante de uma oportunidade ímpar de amadurecimento e consolidação dos serviços turísticos em geral. A capacitação da mão de obra é um dos grandes benefícios que o Rio vai ganhar”, explica o presidente da associação.

Dados da secretaria estadual de Trabalho e Renda apontam que, até 2014, serão cerca de 170 mil profissionais capacitados nas diversas áreas ligadas ao setor de turismo, seja por cursos presenciais, seja por meio da metodologia de ensino a distância. Apenas neste ano, serão 20 mil pessoas se especializando.

Segundo o secretário Sergio Zveiter, jovens serão capacitados a partir de dois programas. Um deles é o Projovem Trabalhador – Juventude Cidadã, lançado no último dia 27 para qualificar jovens que estejam em situação de desemprego e sejam de famílias com renda mensal de até um salário mínimo.

O outro é o Cidadão Olímpico, em funcionamento há um ano e que tem como meta qualificar profissionalmente moradores de áreas carentes para inseri-los no mercado de trabalho voltado aos dois grandes eventos. “Até o começo da Copa e o final das Olimpíadas, calculamos que o Estado terá de 8% a 9% da empregabilidade formal ligada à indústria do turismo”, afirma o secretário.
http://www.band.com.br
Fonte: 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Londres 2012: Centro internacional de imprensa é finalizado


Centro internacional de imprensa, na zona leste de Londres: pronto para receber 20.000 profissionais
Centro internacional de imprensa, na zona leste de Londres: pronto para receber 20.000 profissionais (Divulgação)
Os organizadores da Olimpíada de Londres, em 2012, anunciaram a conclusão do centro internacional de imprensa nesta quarta-feira. O prédio horizontal de 275 metros de comprimento fará parte de um complexo de mídia, que também contará com um centro principal de imprensa. O complexo servirá como base para mais de 20.000 profissionais de TV e rádio, fotógrafos e jornalistas de todos os meios, de impresso e digital.
O anúncio desta quarta acontece mais de um ano antes do início da Olimpíada, dia 27 de julho de 2012. A Autoridade Pública Olímpica local destacou que esta é a quinta instalação finalizada do Parque Olímpico no leste da capital inglesa - o Barketball Arena, o Velódromo, o Estádio Olímpico e as piscinas também já foram entregues.
 
John Armitt, presidente da organização dos Jogos de Londres, disse que "o projeto do Parque Olímpico está dentro do cronograma e do orçamento" previsto pelos organizadores do evento. Também será possível o Comitê Organizador de Londres 2012 acertar os últimos detalhes e realizar testes antes do começo dos eventos. 

via http://veja.abril.com.br 
(Com Agência Estado)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A Primeira Medalha de Ouro do Brasil


ANTUÉRPIA 1920
A primeira medalha de ouro, com armas e munições emprestadas


Brasil entrou no cenário olímpico mundial em 1920, em Antuérpia, na Bélgica, com uma delegação composta por 21 atletas masculinos, inscritos nas provas de natação, pólo aquático, saltos ornamentais, remo e tiro, modalidade que sozinha representava um terço de toda a delegação brasileira.

No decorrer dos Jogos, os atletas brasileiros provaram sua versatilidade e demonstraram que poderiam também participar de outras provas, uma vez que na época isso ainda era permitido. Desta forma, Orlando Amêndola e João Jório disputaram provas em três modalidades: natação, remo e pólo aquático enquanto que o nadador Abrahão Saliture disputou provas de remo. Os nadadores Adhemar Ferreira Serpa e Ângelo Gammaro participaram de provas do pólo aquático. Assim, apenas nas provas de saltos ornamentais e tiro o país foi representado por especialistas. Afrânio da Costa foi o porta-bandeira na Cerimônia de Abertura.

Do Rio de Janeiro até Antuérpia foram quatro semanas de viagem a bordo do navio mercante Curvello, colocado à disposição de atletas e dirigentes pelo governo federal. Numa escala em Lisboa, os sete atiradores enviados aos Jogos de Antuérpia decidiram completar o resto da viagem de trem, com receio de se atrasarem para a competição. Chegaram antes, mas perderam, durante a viagem, muita munição e alvos. Há relatos de que os equipamentos haviam sido furtados numa estação de trem.

Como eles haviam feito amizade com alguns atletas americanos, o espírito olímpico e a boa vontade da delegação dos Estados Unidos prevaleceram e os americanos emprestaram aos brasileiros duas mil balas e alvos utilizados na competição. Dois atletas americanos, favoritos na disputa pelo ouro, chegaram a ceder duas armas aos atiradores brasileiros.

Por ironia, mas também pela competência, o Brasil, na sua primeira participação olímpica, conquistou suas primeiras medalhas. A de ouro veio logo na primeira prova, pistola de tiro rápido, 25m, com o tenente do exército, Guilherme Paraense, 36 anos, vencendo a disputa justamente contra Raymond Bracke, um dos americanos a ceder balas e alvos para que os brasileiros pudessem competir.

Afrânio Antônio da Costa ficou com a medalha de prata na prova de pistola livre individual, 50m, mesma modalidade em que o Brasil conquistou o bronze por equipe, com as participações de Guilherme Paraense, Afrânio Costa, Sebastião Wolf, Fernando Soledade e Dario Barbosa.

No pólo aquático, o Brasil disputou três partidas, com uma vitória, um empate e uma derrota, terminando o torneio na 6ª colocação, entre 12 equipes inscritas na modalidade. No remo, na classe quatro com timoneiro, o Brasil foi o 4º e último colocado, e na natação os atletas brasileiros não passaram das primeiras provas eliminatórias.

Com as três medalhas conquistadas, o Brasil terminou os Jogos de Antuérpia 1920 na 15ª colocação na classificação geral, entre os 20 países que participaram da sétima edição dos Jogos Olímpicos.

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