domingo, 20 de novembro de 2016

Do medo ao sucesso: Thomas Bach diz que Rio 2016 é "caso de estudo"


Thomas Bach discursa durante a ANOC, em Doha (Foto: Mark Runnacles / Getty Images)
Antes dos Jogos do Rio, a mensagem era de temor. Com o país-sede em meio a uma crise econômica e política, grande parte da população temia pelo fracasso do evento. No fim, porém, a primeira Olimpíada realizada no Brasil foi alvo de elogios. Em Doha para a Assembleia Geral da Associação de Comitês Olímpicos Nacionais (ANOC), Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, ressaltou o sucesso dos Jogos diante de um panorama pessimista.
- Vocês lembram das manchetes. Sobre segurança, sobre as obras, sobre a política, sobre a zika. Muitos especialistas falaram que deveríamos cancelar os Jogos Olímpicos. Isso tudo quando chegamos. Foi uma atmosfera de dúvida, de perigo. Entre a a opinião que foi publicada e a opinião do público, a percepção e a realidade. Talvez seja isso um caso de estudo. Porque, depois de tudo isso, quando olhamos com uma certa distância, podemos ter certeza de que os Jogos tiveram sucesso em todos ou na maioria dos aspectos. Foi além do que imaginávamos. Nós sabíamos que tínhamos um grande desafio pela frente.
Em seu discurso, Bach também ressaltou os números dos Jogos em todo o mundo. 
- Se você olhar os números de transmissões, 75%. Nas mídias sociais, mais de 5 bilhões de visualizações. Isso quer dizer que mais da metade da população do mundo estava assistindo aos Jogos. Isso é muito expressivo. A minha geração, que ainda vê televisão, e a geração mais jovem, que é ligada às mídias sociais, foram impactadas pelos Jogos.
Em sua maioria, os discursos feitos na ANOC são de elogios aos Jogos do Rio. Presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, que fará um relatório sobre a Olimpíada nesta quarta-feira, se disse surpreso.
- Eu acho excepcionalmente bom. Tem sido uma grata surpresa, os elogios, reconhecimento, as palavras que estão sendo usadas. Acho que isso é altamente importante para o Brasil, mostrando que, com todas as dificuldades, acertamos e superamos. Entramos para a história com Jogos maravilhosos que foram. Estou muito feliz com isso.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A história do criador das Paralimpíadas


Atletas nos Jogos de Roma em 1960, quando competições para deficientes foram incorporadasImage copyrightPRESS ASSOCIATION IMAGES
Image captionAtletas nos Jogos de Roma em 1960, quando competições para deficientes foram incorporadas

http://www.bbc.com/portuguese

Um médico judeu que escapou da Alemanha nazista está na origem das Paralimpíadas, evento que começa nesta quarta-feira (7) no Rio de Janeiro.
Ludwig Guttmann ajudou a fundar e comandou a divisão de tratamento de lesões de coluna no hospital de Stoke Mandeville, na Grã-Bretanha. Lá, muitos dos pacientes eram ex-combatentes de guerra e Ludwig usou o esporte para mudar suas vidas.
"Nós começamos com ex-soldados, ainda durante a guerra, primeiro com jogos simples, como dardo, sinuca e uma espécie de boliche. Aí vi como aqueles homens reagiam, não apenas fisicamente, mas psicologicamente", disse o alemão naturalizado britânico em imagens de arquivo da BBC. Ele morreu em 1980.

Guttmann comandou a divisão de tratamento de lesões de coluna em hospital britânico
Image captionGuttmann comandou a divisão de tratamento de lesões de coluna em hospital britânico

Guttmann promoveu as primeiras competições públicas para deficientes na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres de 1948.
Nos anos 60, essas práticas foram incorporadas aos Jogos Olímpicos. Nasciam, assim, as Paralimpíadas.

'Severo' e carinhoso

O tenista de mesa Philip Lewis, que participou das Paralimpíadas de 1962, disse à BBC que Ludwig era "um tanto severo com sua equipe e com os paraplégicos".
"Mas por trás de tudo havia aquele enorme carinho. Ele fazia você perceber que ele queria o melhor e que você tinha que encontrar um caminho."
Uma das maiores atletas paraolimpícas da Grã-Bretanha, Grey Thompson afirmou, em entrevista à BBC, que os deficientes têm uma dívida com o médico.

Para atleta cadeirante Grey Thompson, deficientes têm uma dívida com GuttmannImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionPara atleta cadeirante Grey Thompson, deficientes têm uma dívida com Guttmann

"Ele acreditava que nós deveríamos viver uma vida normal. E foi persistente num tempo em que as pessoas provavelmente imaginavam que ele fosse um tanto louco por acreditar que deficientes poderiam ser ativos."

Paralímpiadas hoje

É a vez do Rio de Janeiro sediar a Paralimpíada, mas os bem-sucedidos Jogos de Londres colocaram um desafio não apenas para o Rio, mas para qualquer cidade que queira receber a competição.
A capital britânica recebeu elogios por realizar um evento de casa cheia e "abraçado" pela mídia local. O britânico Phillip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), sabia que a tarefa de repetir tal sucesso seria mais difícil no Brasil. Só não imaginava o quanto.
A duas semanas da Cerimônia de Abertura, no Maracanã, o CPI estava fazendo, junto com o comitê organizador da Rio 2016, malabarismos para tentar fazer com que a versão "enxuta" da primeira Paralimpíada na América do Sul não fosse um passo para trás na luta por mais visibilidade e reconhecimento.
Mas com a explosão na venda dos ingressos verificada na reta final para a inauguração do evento, o cenário começou a mudar. E agora, após a bem sucedida cerimônia de abertura, a expectativa passou a ser bem mais otimista.

domingo, 21 de agosto de 2016

Cerimônia de Encerramento fecha ciclo de grandes eventos esportivos no Brasil


A cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos marca o início do tempo de fazer contas. O ciclo de grandes eventos, que incluiu a Olimpíada e a Copa do Mundo de 2014, consumiu pelo menos R$ 66 bilhões de recursos públicos, um valor superior ao PIB de quase 80 países, sem falar no dinheiro gasto com os Jogos Pan-Americanos, em 2007, e os Mundiais Militares, em 2011. Os dados foram levantados pelo Estado a partir de planilhas de custos apresentadas pelos comitês organizadores dos projetos.
O debate sobre a fase dos megaeventos vai além da matemática e incluiu discussões acaloradas sobre estádios considerados “elefantes brancos” em Manaus, Brasília e Cuiabá, um complexo esportivo na Barra da Tijuca, no Rio, que gera dúvidas em relação à manutenção, e dramas coletivos e políticos, como a derrota da seleção brasileira para a alemã por 7 a 1, a onda de protestos de 2013 que minou a popularidade da presidente Dilma Rousseff e abriu caminho para seu impeachment, a aposta de uma parceria entre lideranças do PT e do PMDB com empreiteiros e investidores em grandes obras e o rombo nos orçamentos da prefeitura carioca e da União.
Quando o Rio ganhou o direito de receber os Jogos em 2009, a escolha de um mercado emergente parecia óbvia. Sete anos depois, o evento desembarcou num país em recessão, com problemas para atrair patrocinadores, em uma crise política, questionamento social e desemprego com taxa de 11%.
Tanto a Olimpíada quanto a Copa foram negociadas por um grupo que incluía especialmente o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), o prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), empreiteiras como a Odebrecht e cartolas envolvidos em escândalos há pelo menos uma década. Operações da Polícia Federal e do Ministério Público minaram o poder e a influência do grupo, que tinha por discurso a parceria entre os setores público e privado.
A promessa é que os eventos originalmente não contariam com recursos públicos. Hoje, governos como o do Distrito Federal, do Amazonas e do Mato Grosso pressionam o Planalto e o Congresso para compensar os rombos causados pelas obras do Mané Garrincha, da Arena Amazônia e da Arena Pantanal. No caso da Olimpíada, mesmo a Vila dos Atletas, um condomínio de 31 prédios de luxo edificado naa Barra da Tijuca pela Odebrechet e pela construtora Carvalho Hosken, foi praticamente todo financiado pela Caixa Econômica Federal.
O governo interino de Michel Temer foi obrigado ainda a sair ao resgate do evento olímpico. “A sociedade brasileira precisa ver isso como um investimento”, argumentou Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
PROMESSAS
Algumas promessas foram abandonados no caminho. Em 2009, os organizadores diziam que os Jogos seriam usados para despoluir a Baía de Guanabara. Em meio às provas de vela, barcos eram vistos na água recolhendo lixo.
O projeto de desenvolvimento tocado por Lula e pela presidente Dilma Rousseff, que incluía os grandes eventos, engessou a atuação de movimentos populares e sindicatos ligados ao PT. Com um efetivo de 23 mil agentes no Rio, o atual governo procurou desvincular problemas na segurança com os Jogos. Numa rápida visita ao parque olímpico na última quinta-feira, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a morte do soldado Hélio Vieira, da Força Nacional e as mortes de pelo menos quatro moradores do Complexo da Maré, no Rio, em ações punitivas da polícia, não têm ligação com a Olimpíada. “Nós entendemos que não há vínculos.”
A corrupção também marcou os sete anos de preparação da cidade. As obras em Deodoro foram alvos de uma operação da Polícia Federal, enquanto o próprio Maracanã passou a ser investigado pela Operação Lava Jato. No total, o MPF tem cinco investigações abertas em relação ao evento.
Um dos legados, porém, será a nova estrutura de transporte na cidade, como a linha 4 do metrô, até a Barra da Tijuca, o corredor de ônibus BRT e o VLT, Veículo Leve Sobre Trilhos, que ligou o aeroporto Santos Dumont à rodoviária. Os custos ficaram R$ 10 bilhões acima do orçamento inicial, de R$ 28,8 bilhões. Ainda que com custos inferiores aos Jogos de Londres em 2012, a Olimpíada brasileira terá gastos 40% superiores ao que foi aplicado para a Copa do Mundo de 2014, que saiu por R$ 27 bilhões.
Assim como ocorreu com a Fifa em 2014, o COI em 2016 não esconde sua satisfação com a renda. A entidade do futebol arrecadou R$ 15 bilhões, contra R$ 18 bilhões pelo COI. “A entidade, os patrocinadores e os parceiros comerciais estão muito satisfeitos”, disse ao Estado o presidente de honra do COI, Jacques Rogge. “Com o fim da Olimpíada, termina a fase de complexo de vira-lata do Brasil”, comemorou Mario Andrada, diretor executivo da Rio-2016.

Longe das estratégias de comunicação, a aposta nos megaeventos deixou um legado misto. O fim de uma década de obras, planos e pressões não gerou todas as mudanças prometidas. Não houve um atalho para o desenvolvimento. Mas a Olimpíada e a Copa colocaram o Brasil no foco internacional e se transformaram em espelhos do País ao mundo.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

40 Best Pictures of RIO 2016 Olympics

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