segunda-feira, 15 de abril de 2013

Os esportes que estrearão nas Olímpiadas Rio 2016


Olimpíadas 2016

Com a exclusão do beisebol e do softbol do programa esportivo das Olimpíadas de Londresem 2012, o COI (Comitê Olímpico Internacional) começou a estudar esportes que poderiam ocupar estas vagas. Para isso, foi realizada uma seleção entre as principais modalidades mundiais e destacaram-se sete finalistas.

Esportes como caratê, squash e patinação sobre rodas foram cogitados, porém, após todas as análises dos membros do Comitê Executivo, no ano de 2009 foi decidido que os esportes que substituiriam os tradicionais beisebol e softbol, seriam o golfe e o rugby.

Conheça mais sobre os novos esportes: Rugby

Avariação do rugby que fará parte dos jogos olímpicos de 2016, conta com sete atletas para cada equipe, sendo o jogo realizado em dois tempos de sete minutos, fazendo com que esta variação venha a ser comumente chamada de rugby de sete.
Em constante ascensão devido à popularização do esporte no Brasil, o rugby brasileiro conta atualmente com 24 equipes nacionais, divididas em oito federações estaduais, centralizadas na Confederação Brasileira de Rugby.
Enquanto a seleção brasileira masculina de rugby, atualmente treinada pelo argentino Martín Schusterman, teve como sua melhor colocação um terceiro lugar no campeonato sul-americano de 2011, a seleção feminina venceu todas as edições deste campeonato, sagrando-se como octacampeã entre os anos de 2004 e 2012.

Conheça mais sobre os novos esportes: Golfe

O golfe já havia sido um esporte olímpico nas edições de Paris (1900) e St. Louis (1904) e, agora, com a sua reincorporação ao quadro esportivo tem a sua participação em Olimpíadas assegurada até o ano de 2020.
Trata-se de um esporte muito tradicional ao redor do mundo, mas que não encontra grande expressividade nos brasileiros. Adilson da Silva, o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial, ocupa atualmente a posição de número 371 e obteve uma de suas melhores colocações ao ficar no 12º lugar do torneio África Open 2013.

Novos esportes em novas terras

Com a adição destes esportes, o programa esportivo previsto para a realização das Olimpíadas no Brasil, passou a contar com 28 esportes, divididos em 38 modalidades, que totalizam 301 eventos e contabilizam a presença de até 10.500 atletas.
Cabe apontar ainda que a realização das Olimpíadas Rio 2016 é um marco histórico, não só para a nação brasileira, mas para todo o continente sul-americano, tendo em vista que esta será a primeira edição dos jogos olímpicos a ser realizada na América do Sul.
Embora o Brasil apresente chances reais de obter medalha apenas com a seleção de rugby feminina, devido ao fato de já serem octacampeãs sul-americanas, cabe ao povo brasileiro incentivar e apoiar a prática destes novos esportes olímpicos, na tentativa de que um dia oBrasil possa vir a se tornar uma potência mundial no rugby ou no golfe.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Copa do Mundo: demagogia e tráfico de mulheres

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Hugo R C Souza 

 http://www.anovademocracia.com.br

A Federação Internacional de Futebol, a Fifa, é uma entidade sem fins lucrativos. Não tem acionistas, e portanto não paga dividendos a eles. Não está cotada em bolsa de valores, não tem valor de mercado. Tudo o que arrecada, e não é pouco, a Fifa diz investir na "promoção do futebol" ao redor do mundo, e é verdade. O que esta todo-poderosa organização não faz questão de cornetear por aí é que isto de "promoção do futebol" na verdade se trata do fomento das condições para que uma dúzia de transnacionais gigantes, com negócios ligados ao esporte mais popular do planeta, multipliquem seus lucros.

Sendo assim, na condição de delegada dos interesses de empresas do porte da fabricante de materiais esportivos Adidas, da Coca-Cola e da empresa de cartões de crédito Visa, a Fifa desfila pelo mundo na condição, digamos, de "dono da bola", aquele que na gíria da meninada dita as regras da "pelada" no campinho de terra.
Sobretudo em épocas de Copa do Mundo, A Fifa tira do bolso a procuração do poder econômico que a financia e enumera uma série de exigências aos países-sede, que já ficam previamente avisados de que podem ter que construir isso, demolir aquilo, providenciar aquilo outro, e até mesmo requisitar a criação ou a abolição de leis.
Exemplo crasso foi a pressão da Fifa para que a gerência de Jacob Zuma descriminalizasse a prostituição no país durante a Copa, passando o recado das grandes agências de turismo da Europa e do USA, cujos clientes se mostraram receosos em viajar para alugar corpos femininos infectados com o vírus da AIDS (6 milhões dos 48 milhões de sul-africanos sofrem da síndrome da imunodeficiência adquirida). O jornal britânico The Guardian abraçou a causa da Fifa e chegou a pedir a regulação do "mercado sexual" na África do Sul durante o mundial de futebol, a fim de minimizar o risco de os turistas da metrópole contraírem o vírus HIV.

MULHERES VENDIDAS POR US$ 670

Como se percebe, o objetivo da Fifa e do The Guardian não era exatamente fazer com que o governo conciliador-patriarcal da África do Sul mandasse a polícia parar de espancar e extorquir mulheres sul-africanas negras e pobres. Ao contrário: a Fifa mandou Zuma sumir com mendigos e prostitutas das ruas. O objetivo era criar condições para a chegada de prostitutas estrangeiras, mulheres traficadas por empresas capitalistas de submundo para suprir uma das principais demandas da festa suprema do futebol profissional.
E assim se fez: o tráfico de pessoas com destino ao país-sede da Copa 2010 aumentou consideravelmente nos meses que antecederam este evento que é também um dos ápices do calendário do chamado "turismo sexual". O governo Zuma não chegou a legalizar a prostituição, mas tratou de fazer vistas grossas à farra a custa da dignidade alheia e chancelada pelos mandachuvas do futebol, os mesmos que se esmeram na farsa da responsabilidade social da Copa do Mundo.
Estudos conduzidos pela pesquisadora Merad Kambamu, de Zâmbia, compilaram denúncias e provas de um número crescente de casos de meninas e jovens mulheres que desapareceram em vários países da África e reapareceram em bordéis e "casas de massagem" das cidades que receberam as partidas da Copa do Mundo da África do Sul. A porta-voz da polícia de Maputo, capital de Moçambique, revelou que estas mulheres vinham sendo vendidas por US$ 670 para serem oferecidas feito refeições a turistas endinheirados.
Este lado de pouco "fair play" das Copas do Mundo de futebol foi escancarado na Alemanha, em 2006, quando nada menos do que 40 mil mulheres foram levadas para os megabordéis quase que patrocinados pela Fifa que foram instalados em caráter excepcional em cidades como Berlim. Naquela ocasião, a exigência foi feita e a Alemanha legalizou sua "indústria sexual", que funcionou à base de "mão de obra" levada da Ásia, América Latina e do Leste Europeu com promessas de empregos temporários, mas que acabaram se convertendo em escravas sexuais para animar a grande farra capitalista quadrianual regada a dinheiro e futebol.
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