quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Preparativos para Copa e Olimpíada devem amenizar crise, mas demanda por capital e mão de obra podem manter pressão inflacionária



Maior ciclo de investimentos em 40 anos será teste para o Brasil

Ilton Caldeira  
O Brasil vive o maior ciclo de investimentos dos últimos 40 anos e em 2012 deverá viver o primeiro ápice desse ciclo com a aceleração das obras e projetos de infraestrutura com vistas à realização a Copa do Mundo em 2014. 
O segundo ciclo dessa mesma fase de grandes investimentos será vivido pelo País às vésperas dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Essa foi uma das principais conclusões do debate "Macroeconomia global: O Brasil da Copa e das Olimpíadas", promovido nesta quarta-feira pelo portal iG, dentro da programação do iG Digital Day, realizado na capital paulista no evento Digital Age. As apresentações foram mediadas pelo colunista do canal de Economia do iG, o jornalista Guilherme Barros.
Segundo os participantes do evento, o economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, e o professor José Márcio Camargo, da Pontifícia Universidade Católitca do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e economista da Opus Investimentos, esse movimento poderá, em parte, contribuir para mitigar alguns dos possíveis efeitos da crise que afeta as principais economias maduras, como Estados Unidos e os países da zona do euro, mas também será um teste importante para o Brasil já que haverá uma maior demanda por insumos importantes para este processo como capital e mais força de trabalho.
"O Brasil cresceu muito nos últimos anos, devido a grande capacidade ociosa, saldo do período de ajustes pelo qual passou a economia", afirmou Camargo. "A expectativa de inflação está se deteriorando rápido e isso preocupa. Com mais investimentos e o mercado de traballho aquecido, temos que estar preparados para viver numa economia com um pouco mais de inflação do que a normalemnte aceita nos últimos anos" acrescentou o professor da PUC-RJ.
"É difícil afirmar que teremos pressões inflacionárias adicionais. Em 2012 haverá um ápice dos investimentos para a Copa. No mercado de trabalho a oferta cresce mais que a capacidade de contratação das empresas. Mas o mundo, pelas projeções, deve crescer menos nos próximos e pode nos ajudar a temperar essa pressão na inflação", avaliou o economista-chefe do Bradesco.
FMI e crise
Os dois economistas, que estiveram na reunião conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington, na semana passada, afirmaram que pela primeira vez o foco dos debates não foi o mundo emergente, mas sim os Estados Unidos e a Europa, os atores principais que vivem essa segunda fase da crise financeira global, iniciada em setembro de 2008, de forma mais aguda.
De acordo com Barros, do Bradesco, debateu-se muito sobre a turbulência econômica na Europa, cujo fio condutor do estresse foi uma hesitação em resolver os problemas da Grécia, que representa apenas 2% da economia da zona do euro e cujo principal produto econômico é o turismo." A Europa vive uma experiência inédita e por isso não sabem lidar com a crise. Nós aqui sabemos e estamos calejados em lidar com crises", disse.
"Os mercados vão continuar ansiosos. A crise é complexa, mas não ecatombica. Ela vai tirar de 1% a 1,5% do cresicmento mundial, principalmente das economias masi maduras, por uns dois a três anos. Mas as autoridades precisam agir. À medida que se aproximam do abismo a busca pela saída passa a ser mais urgente", afirmou durante o debate.
Na avaliação do professor Camargo, da PUC-RJ, no caso americano, o governo está tentando colocar dinheiro no mercado financeiro para melhorar liquidez como ferramenta para estimular o consumo e os investimentos e forçar o sistema a funcionar.
"Como não tem demanda privada, o governo tem que gastar mais. Mas politicamente é difícil levar isso adiante pela disputa entre os políticos democratas e republicanos", disse. "A proposta do presdiente Barack Obama de desoneração de impostos deve passar no Congresso americano, mas o aumento de gastos em infraestrutura para estimular a economia não deve ter aprovação da maioria. A briga entre políticos, que reprovam os programas de incentivo financeiro, e o Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, pode comprometer a independência da instituição", afirmou.
Efeitos da turbulência
O resultado desses fenômenos econômicos e a busca de soluções paliativas de curto prazo para a crise têm gerado efeitos nos países emergentes, incluindo o Brasil, como a valorização de várias moedas em relação ao dólar, crescimento da oferta de crédito, estímulos ao consumo e aumento das pressões sobre os preços no varejo,com reflexos na alta dos índices de inflação.
Os mecanismos tradicionais estão totalmente quebrados e não conseguem turbinar a economia, segundo o economista-chefe do Bradesco. "Isso tem gerado medidas como o protecionismo cambial, para se defender dessa liquidez excessiva, cujo caso mais emblemático recentemente foi o da Suíça que adotou diretrizes para evitar um ataque especulativo à sua moeda", afirmou.
"Mecanismos como a elevação do IPI (Imposto sobre produtos industrializados) adotada pelo Brasil para conter a competição dos importados são uma reação legítima. No cenário atual a ortodoxia econômica vai tirar um período sabático de uns trê anos", acrescentou.
Ainda no caso do Brasil, o setor industrial está mais vulnerável, segundo os especialistas, sentindo os efeitos da volatilidade cambial e da competição com os produtos importados, mas o setor de serviços e de construção seguem aquecidos, contribuindo para manter os indicadores de inflação em alta.
"A indústria está estagnada e serviços e construção civil explodindo com a oferta de crédito",segundo Camargo, da PUC-RJ. "Como não se pode importar serviços, os preços estão muito altos, com inflação rodando a 9% ao ano. Por isso existe um risco na estratégia do Banco Central de cortar juros nesse momento", disse.

Para Barros, do Bradesco, o BC vai seguir com a estratégia inciada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 31 de agosto, de cortar da taxa de juros básica da economia, atualmente em 12% ao ano. Para ele, o que vai determinar a dimensão dos cortes será a evolução do cenário externo de crise. " A resposta vem de fora. Se a economia piorar, corta mais. Caso contrário corta-se menos, algo como 0,5 ponto percentual", avaliou o especialista.

sábado, 17 de setembro de 2011

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

COB inicia contagem regressiva às Paraolimpíadas 2016


André Brasil, Flávia Cintra, Rosinha e Yohansson iniciam contagem regressiva às Paraolimpíadas 2016
O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e o Comitê Organizador Rio 2016 organizaram na penúltima quarta-feira um grande encontro para a contagem regressiva dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016. O evento foi mediado pela jornalista Flávia Cintra, que é cadeirante e ficou tetraplégica aos 18 anos, após sofrer um acidente de carro.
A reunião contou com a presença de atletas paraolímpicos, como o nadador André Brasil Esteves (quatro medalhas de ouro e uma de prata em Pequim 2008), a arremessadora de peso e disco, Roseane Ferreira dos Santos, a Rosinha, (bicampeã paraolímpica e recordista mundial em Sydney 2000), e o velocista Yohansson do Nascimento Ferreira (campeão mundial paraolímpico no atletismo, e medalha de prata e bronze em Pequim 2008).
Para uma platéia de jovens atletas paraolímpicos, o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, abriu a cerimônia contando um pouco de sua trajetória como jogador de vôlei e como o esporte conduziu sua vida profissional.
"Eu fui atleta olímpico, era da Seleção Brasileira de vôlei. Joguei mundiais, participei dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964, mas eu nunca ganhei uma medalha olímpica, ficamos em sétimo. Mas foi a partir dali que nasceu todo este espírito para estar aqui hoje com vocês".
Nuzman incentivou a plateia presente a começar a praticar os novos esportes incluídos nos Jogos de 2016, a para-canoagem e o para-triatlo. O dirigente explicou, aos futuros atletas, o motivo da escolha da data de 7 de setembro para a realização do início dos Jogos Paraolímpicos.
"Quando nos candidatamos, tínhamos que marcar a data dos Jogos Olímpicos, que deveria ser entre 15 de Julho a 31 de Agosto. Então pensamos em escolher primeiro a data dos Jogos Paraolímpicos. Mas tinha que ser uma data que simbolizasse algo importante para o Brasil. Nada mais simbólico para nós brasileiros que a data da nossa independência, 7 de setembro. Com a data dos Jogos Paraolímpicos definido, a data dos Jogos Olímpicos foi escolhida".
Durante o evento, foi mostrado o vídeo que trouxe a vitória para o Rio de Janeiro sediar as Olimpíadas de 2016, que causou muita emoção nos futuros atletas.
Para o nadador André Brasil, esta foi a primeira vez que assistiu ao vídeo na íntegra, e foi emocionante.
"São as pequenas coisas que nos realizam e nos trazem grandes alegrias. Eu não sabia que o Comitê Olímpico colocou a escolha da data dos Jogos Paraolímpicos à frente dos Jogos Olímpicos. Mostrando preocupação, cuidado e acima de tudo respeito com o nosso trabalho. E ver todo o vídeo da nossa vitória foi fantástico".
André teve paralisia infantil e a natação entrou na sua vida com poucos meses de vida, como forma de reabilitação.
"Eu lembro quando pequeno o quanto meus pais lutaram para que eu levasse uma vida normal. Lembro que os médicos diziam que eu não iria andar, que teria problemas mentais. Que minha mãe era louca porque me botava numa piscina gelada, às 6h da manhã. E hoje, apenas com meus passos mancos e aos trancos e barrancos, nós vencemos. E essa 'maluquice' dos meus pais me faz hoje poder, acima de tudo, ser feliz. Eu não digo um ídolo, um exemplo, eu digo mais um. Mais um brasileiro com força de vontade, determinação e que acredita que, quando a gente batalha, a gente consegue".
Já para o velocista Yohansson, representar mais de 190 milhões de pessoas, quando está dentro de uma pista, é maravilhoso.
"Eu sempre falo que já nasci paraolímpico porque eu nasci sem as duas mãos, mas eu faço tudo que eu quero. Consigo servir e beber o meu copo de água, jogar bola de gude, dirigir, andar de bicicleta. A única coisa que eu não faço é aquilo que eu não tentei ainda. Eu acredito que Deus já tinha um propósito para mim, que é representar o meu povo. Quando estou dentro de uma pista de corrida, eu sou o Brasil e o nosso povo".
A atleta Rosinha aguarda ansiosamente a definição dos atletas paraolímpicos que vão representar o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos em Guadalajara no México, que acontece de 19 a 27 de novembro.
"A lista dos atletas que vão disputar o Parapan vai sair agora dia 15 de setembro. Eu quero muito que meu nome esteja lá. Fiz resultado para estar no México. Mas prefiro esperar. Quero muito abrir o site do Comitê e ver o meu nome lá. Representar o Brasil é muito bom, e eu amo o que eu faço", afirmou a atleta do Botafogo.
A história de superação da para-atleta pernambucana Rosinha, que teve a perna amputada após um caminhão dirigido por um motorista embriagado invadir a calçada e atropelar a então jovem de 18 anos.
"Eu não sabia que os Jogos Paraolímpicos e Parapan-Americanos podiam abrir tanto o mundo para nós atletas e para a sociedade. Hoje eu vejo que os pais que têm filhos deficientes não escondem mais seus filhos em casa, como era antigamente. Cada vez mais estão surgindo jovens para-atletas e isso é muito importante."

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Rio 2016 quer arrecadar US$ 1,2 bilhão em patrocínios



Com o anúncio, no dia 08, da Ernst & Young como parceira, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 totalizou cinco patrocínios: Bradesco (banco), Bradesco Seguros (seguros), Embratel (telefonia fixa) e Claro (telefonia móvel). A expectativa é a de que ao fim da captação de patrocinadores, o montante total chegue a US$ 1,2 bilhão.
Na fase de candidatura, o comitê estimou esse valor foi em US$ 570 milhões. Mas só com os contratos já firmados, ele foi superado.
– É importante ressaltar que o orçamento foi calculado com o valor do dólar a R$ 2. Só na revisão de 2012 é que  saberemos como estamos – disse o diretor Geral do Comitê Rio 2016, Leonardo Gryner.
Caso consiga arrecadar a US$ 1,2 bilhão, é possível que economize uma verba pública de US$ 700 milhões. Esse é o valor previsto para os governos municipal, estadual e federal desembolsarem no orçamento estabelecido pelo Comitê Rio 2016.
O próximo patrocínio a ser escolhido é o de fornecedor de material esportivo. A disputa por essa categoria já teve início. E, na próxima semana, está previsto o lançamento da seleção para a categoria carros.

sábado, 10 de setembro de 2011

Conheça o projeto do Parque Olímpico das Olimpíadas de 2016, no Rio


Na última semana, o Brasil anunciou que a AECOM foi a empresa escolhida para desenhar o  Parque Olímpico das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. O plano, além de parecer bem bacana para o evento em si, também já faz previsões de como o local será modificado até 2030.
A AECOM é um escritório internacional muito respeitado — além de 2016, eles também desenharam o plano mestre das Olimpíadas de Londres, em 2012 e, aqui no Brasil, cuidam do plano para revitalização da Nova Luz, projeto gigantesco que deve ser encerrado apenas em 2027.
O local ficará em Jacarepaguá (que, segundo uma irritante música, fica longe pra caramba) e, pelas imagens, terá todo aquele ar futurista com grandes ginásios e estádios que as Olímpiadas costumam gerar nas cidades-sede — como foi o caso de Pequim. Lá, 15 modalidades olímpicas e 11 paraolímpicas serão disputadas.
Bacana é ver também que o projeto já contempla as futuras mudanças do local — há projetos de desenvolvimento e transformação da área até 2030 (a Folha fez um infográfico  mostrando como ficará o local durante a transição, vale conferir). Talvez isso ajude a diminuir os elefantes brancos, algo comum no Rio de Janeiro após os Jogos Pan-Americanos de 2007; até hoje ginásios são subutilizados pela cidade. [Arch Daily]
  
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