domingo, 10 de junho de 2012

Falta de hotéis faz porto do Rio virar obra prioritária para Olimpíada de 2016


IG/EA
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A falta de hotéis no Rio de Janeiro criou uma situação inusitada. Sem ter onde abrigar turistas que virão para a Olimpíada de 2016, a reforma do porto da capital fluminense, que não tem nenhuma ligação direta com esportes, virou uma das obras mais importantes para a realização dos Jogos Olímpicos na cidade.
Junto com a construção dos dois parques olímpicos cariocas, a construção de um novo píer no porto do Rio de Janeiro está entre os três projetos mais importantes dos 264 que compõem a lista de preparativos para a Olimpíada, de acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI). É nesse novo píer que até seis navios de cruzeiro irão atracar durante os Jogos Olímpicos e aumentar em até 12 mil a quantidade de leitos disponíveis na cidade.
“Todos os projetos para a Olimpíada são importantes. Porém, se temos que priorizar alguns, foquemos nos parques olímpicos e no porto da cidade”, ratificou o diretor executivo de Jogos Olímpicos do COI, Gilbert Felli, em entrevista coletiva concedida na quarta-feira, no Rio.
Felli coordena os trabalhos de realização de todas as Olimpíadas, inclusive, a de 2016. Ele esteve o Rio nessa semana para acompanhar os preparativos da cidade para os Jogos Olímpicos.
Junto com Felli, veio a presidente da comissão de coordenação do COI, Nawal El Moutawakel. A chefe da comitiva do comitê internacional também afirmou, logo após as vistorias na cidade, que a reforma do porto do Rio é essencial para a Olimpíada.
Segundo ela, tamanha é a importância da obra que um grupo de trabalho foi criado só para acompanhá-la e certificar que tudo estará pronto. “Criamos um grupo de trabalho para acompanhar os projetos do porto”, disse ela. “Temos que garantir que o transporte, o acesso, e que tudo esteja pronto para receber as cerca de 12 mil pessoas que ficarão nos navios.”
Para receber a Olimpíada de 2016, o Rio de Janeiro se comprometeu a criar pelo menos 45 mil leitos para turistas. Isso significa dobrar o número de vagas existentes na cidade, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo IBGE em fevereiro deste ano.
O próprio presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, já afirmou que isso é um dos grandes desafios para a cidade. Entretanto, ele disse que programas governamentais estão em curso e os investimentos necessários serão feitos a tempo de cumprir essa meta.
A reforma do porto do Rio está entre as possíveis soluções para esse problema e, inclusive, foi incluída pelo governo federal da lista de obras necessárias para Copa do Mundo de 2014. De acordo com o Ministério do Esporte, ela custará R$ 314 milhões. Entretanto, devido a atrasos na licitação, a obra nem foi contratada. Por isso, ficará pronta só em 2015.
De acordo com a Secretaria de Portos, órgão ligado à Presidência, a obra do novo píer foi mesmo idealizada para a Olimpíada de 2016. O órgão também informou que a sua contratação cabe ao governo do Estado do Rio de Janeiro.

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